
Finalmente, após anos “pandemicos” que afastaram as pessoas de aglomerações, chegou um super aguardado Rock in Rio para celebrar a vida e a volta ao “velho normal”. E o ponta pé inicial deste grande festival de musica teve início com o tradicional “Dia do Metal”, onde as camisas pretas reinavam debaixo de um sol forte pra quem chegou cedo no evento. Ao chegar na Cidade do Rock tive a agradável surpresa de ver no pequeno palco do Itaú a banda paulista Viper, ícone do Metal nacional e banda que lançou o saudoso vocalista André Matos. O principal veterano da atual formação, o baixista Pit Passarell, estava empolgadíssimo como de costume.
SEPULTURA COM ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA
Falando em surpresas, o público foi surpreendido com a antecipação do início das atividades do Palco Mundo. O Sepultura que estava escalado para abrir os trabalhos as 18h, atacou as 17:25 com o dia ainda claro. Com releituras de Vivaldi, Stravinski e Beethoven, o Sepultura acompanhado da Orquestra Sinfônica Brasileira fez um show épico e diferenciado de toda sua carreira. Um momento de destaque foi a execução da nona sinfonia de Beethoven com Andreas Kisser solando a melodia sem acompanhamento. Em alguns momentos não se ouvia muito bem a orquestra que era abafada pela concorrência da porradaria sonora vinda da banda, mas isso era um mero detalhe esporádico.
LIVING COLOUR COM STEVE VAI

Os nova-iorquinos do Living Colour voltaram ao Rock in Rio, novamente ao Palco Sunset para fazer um show digno de Palco Mundo. Banda talentosíssima com músicos extraordinários, mostraram estar bem antenados com a realidade do Brasil, fizeram um show com muito engajamento político-social e ausência de alguns hits no setlist. No começo do show, logo após a primeira música, o guitarrista Vernon Reid dedicou o show para Marielle Franco, enquanto o vocalista Corey Glover com seus dreads laranja levantou uma placa escrito ‘Vote” de um lado e “Democracia” do outro. Atos que incentivaram o público a mandar politico anti-democratico a tomar em determinado orifício da anatomia humana. E o momento mais aguardado foi quando o guitar hero Steve Vai subiu ao palco para somar no time. Juntos tocaram o hino “Rock and Roll” do Led Zeppelin, “Crosstown Traffic” do Jimi Hendrix e “Cult of Personality“, hit do Living Colour que encerrou a apresentação. Outros hits como “Glamour Boys” e a balada “Love rears it’s ugly head” ficaram de fora.
RATOS DE PORÃO
Ratos de Porão, banda ícone da cena punk/hardcore brasileira com mais de 4 décadas de estrada, liderada pelo carismático João Gordo, fez sua estrela no festival no Palco Supernova. As rodas de pogo rolaram intensamente do início ao fim. O repertório passeou por todas as fases da banda, com faixas do último trabalho “Necropolitica” mescladas com clássicos como “Beber até morrer“, “Caos“, “Crucificados pelo sistema“, “Aids, Pop, Repressão“, entre outros.
IRON MAIDEN
